Os fortalezenses já têm a opção de despejar computadores e televisões inutilizados em um espaço apto a recebê-los. São 1.200 metros quadrados de terreno destinados a coletar esse tipo de lixo na Varjota. A função do 1º Ecoponto do Ceará, inaugurado ontem pela Secretaria executiva Regional II, é armazenar poda de árvore, entulho de material de construção e o lixo eletrônico de pequenos geradores.
O Ecoponto é o primeiro local do Estado preparado para recolher lixo tecnológico – resíduos provenientes de televisões e computadores. Por semana, segundo o secretário da Regional II, Humberto Junior, o Ecoponto espera recolher 18 metros cúbicos de entulho de construção, um metro cúbico de lixo tecnológico e 10 metros cúbicos de poda de árvore. “Não receberemos lixo de grandes geradores porque a Lei de Resíduos Sólidos indica que eles contratem empresas para fazerem o serviço de coleta”.
Estima-se que o lixo de moradores de bairros próximos, como Aldeota, Meireles e Dionísio Torres, migrem para o Ecoponto. A localização do espaço na Varjota (rua Meruoca esquina com a rua Antônio Justa) foi estratégica: o riacho Maceió contém alto índice de poluição por entulhos de construção e lixo tecnológico, segundo Humberto.
“A ideia é conscientizar a comunidade e educá-la para utilizar o ecoponto e não mais poluir o riacho”, afirmou ele. Outro motivo que justifica a localização do ponto na Varjota é o polo gastronômico do bairro, responsável pelo acúmulo de resíduos em pontos de lixo próximos.
De acordo com o coordenador de logística do Ecoponto, Germano Arraes, o lixo tecnológico será transportado pela Ecofor para a Associação dos catadores de lixo (Ascajan), onde se rá reciclado e reaproveitado. O entulho de material de construção e a poda de árvores seguirão para o Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (Asmoc). Durante 30 dias de funcionamento em caráter experimental, o Ecoponto recebeu por semana 20 toneladas de poda, lixo eletrônico e entulho, este representou 80% do total recolhido.
Existem hoje cerca de 30 pontos de lixo na Varjota e 150 na área da Regional II, onde serão criados mais cinco ecopontos. Segundo o secretário, os próximos deverão ser implantados na Praia do Futuro e na região do Serviluz.
O processo de conscientização de moradores do entorno, catadores e caçambeiros para incentivar o depósito de lixo no ecoponto é promovido pela Associação de Moradores da Varjota e pela analista ambiental da Regional II, Lígia Alves. Segundo ela, já foram contatados 150 catadores e caçambeiros. “Muitos a inda duvidam porque acham que vai ser pago ou porque julgam ser distante o ecoponto de onde normalmente despejam os resíduos”, disse.
ENTENDA A NOTÍCIA
Fortaleza ganhou um espaço específico para receber poda de árvore, entulho de construção e lixo tecnológico. O Ecoponto é um projeto da Secretaria Executiva Regional II em parceria com a Emlurb, a Ecofor e a Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano de Fortaleza.
SAIBA MAIS
O artigo 1º da Lei 8.408, de 20/12/99, diz que somente os grandes geradores de resíduos sólidos são responsáveis pelos serviços de acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, devendo custeá-los.
No Brasil, 1,2 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de celular são comercializadas por ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
O deputado estadual Artur Bruno representou a prefeita Luizianne Lins na inauguração. Ele disse que serão investidos R$ 400 mil para a reforma do entorno do riacho Maceió, na Varjota. “O recurso já foi liberado, estamos esperando a prefeita assinar”, disse o deputado. A previsão é de que a reforma seja iniciada no 1º semestre do próximo ano.
Fonte: Pontos de Cultura do Ceará
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