segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Crateús da manhã seguinte



minha boca esse apelo
sua pele outros pêlos
corpo de novo sê-lo
outra vida janeiro

e não me venham com essa
de quando fevereiro chegar...
saudade já me mata agora
no instante mesmo em que miro a porta
que me leva a lugar nenhum em que você está

sobretudo agora
o fosco baço leitoso neblina poeira
sobre a estrada da manhã seguinte

o futuro é um agente
da scotlad yard...
aqui a gente só ouve falar


Lourival Veras


Elias de França disse...

Que bom poder voltar a lê-lo, Sê-lo novo, ou de novo, e com versos tão singelos, como a propria vida, e ao mesmo tempo tão profundos, capazes de nos medir quão distante é Crateús da velha Londres da nova scotlad yard; o agora janeiro nasciturno do carnaval que não se consegue mais pôr como uma promessa; quão distante, enfim, o tempo ideado nos nossos sonhos do futuro decidido além sertões, no centro do mundo, que, por certo, nunca foi aqui.

2 comentários:

Elias de França disse...

Que bom poder voltar a lê-lo, Sê-lo novo, ou de novo, e com versos tão singelos, como a propria vida, e ao mesmo tempo tão profundos, capazes de nos medir quão distante é Crateús da velha Londres da nova scotlad yard; o agora janeiro nasciturno do carnaval que não se consegue mais pôr como uma promessa; quão distante, enfim, o tempo ideado nos nossos sonhos do futuro decidido além sertões, no centro do mundo, que, por certo, nunca foi aqui.

karla Gomes disse...

Me diga quem souber, como será o amanhã?
Amor meu amigo amor, confuso são os que não sabem o que dizem, que não pensam no fazem, que não veem além do que é comum.
Confuso? Você está mais para Kung-Fu-Tse.