domingo, 6 de março de 2011

Sobre a Ana e o MinC, dizem por aí...


"As iniciativas de Ana de Hollanda são contrárias à política do antecessor Gilberto Gil (e depois Juca Ferreira) e próximas às teses dos apoiadores do ex-candidato José Serra."

"Esse ministério é o grande erro do governo Dilma. É inexplicável a ruptura feita com a gestão anterior."

"É lamentável que uma discussão que foi pautada pelo debate público possa vir a ser concluída a portas fechadas, com a participação direta de pessoas ligadas ao Ecad, órgão que nem sempre se alinha aos interesses dos autores", "Traçar planos por baixo dos panos não é produtivo para ninguém. Se há algo para ser mudado ou que estava errado, que venha a público e deixe tudo as claras."

"...a crise do MinC ainda nem começou. Ana tem grande dificuldade em ouvir críticas. Ela é cabeça de fósforo, pega fogo na hora, além do quê a defesa do Ecad é sua bandeira política. Ela quis colocar a sociedade de castigo retirando o Creative Commons do site do ministério, uma clara criminalização à sociedade como se toda ela fosse pirata e não uma sociedade em busca da troca de conteúdos na construção coletiva de conhecimentos, o que é a grande demanda do século XXI para um país que se pretende soberano econômica, política e culturalmente falando."

"Tenho dito que Ana de Hollanda está sendo assessorada por um grupo barra pesada. As táticas de milícia são idêntidas às de Serra. A todo momento publicam matérias no site do MinC desqualificando direta ou indiretamente a gestão de Lula."

"A ministra teria feito chegar a Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, após a entrevista que Sader deu à Folha, que se ele tivesse que ficar, ela sairia. O governo deu carta branca a titular da pasta, mas “anotou a faca no pescoço”, segundo confidenciou em “off” uma pessoa que participou da articulação para que Ana de Hollanda substituísse Juca Ferreira. O mesmo interlocutor avaliou como “erro estratégico” o “truco” em relação à posse de Emir. “Acho que ele errou no tom da entrevista, mas colocá-lo para fora do ministério neste momento é abrir mais uma frente de oposição à nova gestão. E isso costuma ter preço…”

"Política não se faz procurando inimigos embaixo da mesa de trabalho. Quando isso acontece, o resultado costuma ser desastroso."

"A ruptura com tudo o que foi conquistado pela gestão anterior está dada. No início, acreditava-se que seria um mero descompasso e desconhecimento. Aos poucos, fica evidente que a ministra se opõe, mesmo, ao que foi construído. Não dá para entender como o governo Dilma deixa se perder uma conquista que foi histórica! A idéia que passa, inclusive, é a de uma revanche. Entretanto, a gestão anterior não foi partidária. E a atual está sendo, ou está se deixando mostrar assim, quando procura desmanchar tudo o que foi realizado."

"A visão da ministra mostra-se, cada vez mais, identificada com a cultura como bem passivo, com as centralidades no lugar das conectividades, na visão distribuitiva baseada no produto corporativo etc."

"Toda a política do MinC de Dilma está montada pra detonar os Pontos de Cultura, mas vem camuflada de papo técnico-econômico."

"Isso se dá de todos os ângulos:

1) nova prioridade de investimentos na infraestrutura (PAC da cultura) gerido de forma centralizada, em detrimento da disseminação em rede dos recursos, que empodera a produção por todas as minorias, periferias e regiões do país;

2) discurso da “profissionalização/qualificação” dos Pontos, oposta à ampliação da rede;

3) foco na gestão e tecnocracia, controlada por especialistas e Criadores Magnos, como oposto à democratização, que seria ingênua e insustentável;

4) aborto da democratização da LDA, tendo sido entregue à comissão de juristas (sobretudo ECAD, que passou a atuar como assessoria jurídica do ministério);

5) discurso liberal do mercado/indústria criativa/sustentabilidade contra constituição do comum/multidão/desmedida, que foi a base ideológica trazida por Gilberto Gil;

6) administração centralizada de cima pra baixo/canetadas, no lugar da formulação de baixo pra cima, na gestão coletiva."

"Há em tudo isso um corte claro direita/esquerda. Um ministério que foi vanguarda do projeto global de democracia do Governo Lula se torna o antro mais reacionário, tucanizado e autoritário do governo Dilma."

"Os pontos de cultura que representam a grande vanguarda da presença internacional do Brasil na cultura incomodou muito o medalhonismo decadente, um deles chega a citar em seu blog que o projeto Pixinguinha foi preterido por Gil para dar lugar aos pontos de cultura, sem dizer da crescente insatisfação das pessoas com o projeto Pixinguinha que vivia de slogan do sucesso da década de 80. Foi justamente na gestão Grassi e Ana de Hollanda na Funarte que a realidade de um projeto de enfeite se configurou com uma tempestade de críticas ao projeto Pixinguinha."

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