quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Muito prazer: Tatu-Bola


Foto: Associação Caatinga

ONG conclama votação pelo tatu-bola

Crateús A Organização Não Governamental (ONG) Sociedade Amigos da Biblioteca Norberto Ferreira Filho (Sabi) continua reforçando a campanha virtual contra o nome da mascote da Copa de 2014, nas opções oferecidos pela Fifa (Amijubi, Zuzeco e Fuleco). A ONG defende o próprio nome tatu-bola e se utiliza das mídias sociais para conquistar adeptos. Blog, facebook e twiter são as ferramentas de divulgação utilizadas pela entidade para atrair adeptos para a campanha. Foi nesta cidade, a partir de campanha da Associação Caatinga, que saiu o animalzinho como mascote da Copa.

"Estamos reforçando no meio virtual a ideia de que os nomes nada significam para a nossa cultura e não condiz com a nossa realidade nordestina. O nome tatu-bola é o ideal, define bem a espécie e o evento. Não entendemos a restrição", analisa o fundador e membro da diretoria da Sabi, Lourival Veras.

Convite

No blog, a entidade conclama adeptos para a campanha, com a justificativa: "A Fifa escolheu um júri formado por pouquíssimas pessoas e ofereceu como opções, para nome do mascote da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, as seguintes aberrações: Amijubi (Amizade + Júbilo), Zuzeco (Azul + Ecologia) e Fuleco (Futebol + Ecologia). Mas eles não estão sendo bem aceitos pelo público, portanto, nós queremos participar desta escolha, afinal a Copa será de todos e não apenas desse pequeno e pouco representativo júri. Se o tatu-bola foi escolhido justamente pela forma e pelo nome, porque o mascote não pode se chamar simplesmente ... tatu-bola?" e convida a população a assinar, online, (no endereço http://www.avaaz.org/po/petition/Queremos_um_nome_decente_para_o_mascote_da_Copa_2014 a petição que tentará, junto à Fifa, a escolha de um novo nome.

A petição "Queremos um nome decente para o Mascote da Copa 2014", disponível no site avaaz.org - Petições da Comunidade, pede a participação popular na escolha do nome do animalzinho nordestino.

Solicita ao comitê organizador local (Brasil) da Copa 2014 a abertura da enquete incluindo entre as opções dos três nomes sugeridos um outro campo para que as pessoas possam sugerir outros nomes e também visualizar as cinco sugestões campeãs. Justifica que o processo assim será mais democrático e transparente para o público.

A campanha pela internet já ganha muitos adeptos e conta com 38.550 assinaturas. Ainda não tem prazo para encerramento, mas deverá ser entregue ao Comitê Organizador Local (COL) antes do encerramento da votação oficial, em novembro. A idealizadora do abaixoassinado foi a jornalista carioca Elis Monteiro.

Valorização

Para o secretário de Meio Ambiente do município de Crateús, Wanderley Marques, a campanha da ONG faz sentido porque os nomes sugeridos não valorizam a biodiversidade. Ele, inclusive, aderiu a campanhas como essas em meio virtual e divulga para amigos e ambientalistas por meio de seu e-mail.

"Também defendo o nome tatu-bola e concordo com a Sabi e outras entidades, quando reivindicam um nome que valorize a biodiversidade e o bioma Caatinga, habitat da espécie. Esses nomes da Fifa não tem relação com a regionalidade e a questão ambiental", ressalta Marques.

Já a Associação Caatinga, responsável pela indicação do tatu-bola como mascote da Copa, prefere não entrar na polêmica. Diz que está satisfeita com o mascote e que respeita a escolha da Fifa com respeito ao nome porque foi realizado de forma criteriosa, com base em pesquisas e justificativas jurídicas.

A entidade ressalta que o intuito da sua proposta é a preservação da espécie, independente do nome da mascote.

Semiárido

Natural da Caatinga e do Cerrado, o animal só existe no Brasil, especialmente na região do semiárido, onde se insere a maioria do território da região Nordeste, incluindo o sertão dos Inhamuns no Ceará.

O tatu-bola foi apresentado como mascote pela Fifa em março deste ano. Sua escolha foi decidida após a ONG cearense "Associação Caatinga" - com atuação nessa região - realizar uma campanha para destacar o animal e tentar evitar sua extinção. Lançou a campanha no início de fevereiro, pela internet, com boa adesão dos internautas.

Mais Informações:



Silvania Claudino
Repórter 

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