segunda-feira, 22 de abril de 2013

No clima da Caatinga vai ao Cine Poty


Como parte das comemorações ao Dia Nacional da Caatinga, que se celebra em 28 de abril próximo, a SABI e a Associação Caatinga estarão promovendo uma quarta-feira especial no Cine Poty, com o lançamento do documentário do Projeto No Clima da Caatinga. Para o debate e sensibilização, estão convidados os alunos da Faculdade da UNOPAR e do IFCE e a comunidade em geral.

Cine Poty
Rua do Instituto Santa Inês, 231, Centro, Crateús (CE)
Quarta-feira, 24 de abril de 2013, às 19:30h.

A entrada e a pipoca continuam grátis!


O Projeto NO CLIMA DA CAATINGA

A Caatinga, do Tupi "mata branca", é a região semiárida mais rica em biodiversidade do mundo e também uma das mais populosas. De acordo com o Relatório de Monitoramento do Desmatamento na Caatinga de 2010, 45,4% da área total do bioma está alterada, fato que o coloca entre os biomas brasileiros mais modificados pelo homem. Este também é o bioma mais desprotegido, somente 1% dele é protegido legalmente por unidades de conservação de proteção integral. Entre 2002 e 2008 o Ceará ficou entre os estados que mais desmataram a Caatinga e que já teve quase 40% da sua Caatinga destruída. Sete dos 20 municípios campeões de desmatamento na Caatinga estão no Ceará. Atualmente o Ceará já teve quase 40% da sua Caatinga destruída e em sete anos ampliou em quase 3% a área total desmatada no estado, o que corresponde a mais de 400.000 hectares.

Verão e Inverno na Caatinga

A ausência de políticas públicas de incentivo a conservação, a ausência de estrutura adequada de fiscalização e a ausência de programas ampliados de promoção de alternativas de exploração e uso sustentável da Caatinga são algumas das principais razões da alta taxa de desmatamento registrado (MMA ,2010). Conforme as projeções do agravamento do processo de aquecimento global no futuro (IPCC, 2007) as áreas degradadas na Caatinga estarão cada vez mais susceptíveis ao processo de desertificação. A desertificação atinge oito dos nove Estados do Nordeste, além do norte de Minas Gerais. O aquecimento global tem contribuído para o agravamento da seca na região onde ocorrem 4 núcleos de desertificação, um deles localizado no Ceará. As áreas susceptíveis à desertificação já correspondem a 15,7% do território brasileiro onde vivem 31,6 milhões de pessoas (Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca/Ministério do Meio Ambiente, 2006). 92,1% do território do Ceará está inserido no semiárido, a região com maior risco de desertificação. Impactos ambientais associados ao processo de desertificação incluem a perda de biodiversidade, redução de disponibilidade hídrica, perda de fertilidade do solo e redução das condições de vida. Estima-se que aproximadamente 3 milhões de pessoas no Ceará (40% da população) não tem acesso permanente a água potável (Panorama da Desertificação no Estado do Ceará, 2005).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Evitar a emissão de gás carbônico (CO2) através da manutenção da Reserva Natural Serra das Almas (RNSA) e de áreas conservadas do seu entorno;

2. Promover a recomposição florestal de Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL) no entorno da RNSA;

3. Reduzir as emissões de CO2 e fixar CO2 através da adoção de tecnologias sustentáveis na RNSA e seu entorno;

4. Promover, de forma transversal, a educação ambiental para a conservação dos recursos naturais da Caatinga.

RESULTADOS ESPERADOS

O projeto deverá contribuir para a mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global através da conservação da Caatinga e conseqüente emissão evitada, fixação e emissão reduzida de CO2 associadas ao desmatamento. O projeto promoverá de forma preventiva a conservação direta e o apoio a conservação de florestas em áreas susceptíveis ao desmatamento e às queimadas/incêndio florestais e também apoiará a restauração de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos nas 4 microbacias de intervenção. A capacitação, transferência e apoio as comunidades na apropriação de tecnologias sustentáveis de conservação e uso sustentável da Caatinga contribuirá para a redução da pressão degradadora sobre as matas. Ações de educação ambiental e mobilização da população local e da sociedade em geral, fortalecerão o impacto positivo esperado. Com essas ações estima-se que sejam evitadas e reduzidas emissões de GEE nas 4 microbacias do projeto, que 6.146 hectares da Reserva Natural Serra das Almas sejam protegidos de forma integral, que sejam criadas 2 novas reservas e averbadas RL além de delimitadas APP de 14 propriedades, que 10 nascentes sejam recuperadas e protegidas de forma integral, que 890 pessoas sejam capacitadas em tecnologias sócio-ambientais sustentáveis contribuindo para uma redução significativa de emissões nos processos produtivos e que 712 pessoas se apropriem dessas tecnologias efetivamente no seu dia a dia. Que 32.491 pessoas, entre jovens, professores, agricultores familiares e população em geral sejam capacitados e sensibilizados para uma melhor compreensão das causas e efeitos das mudanças climáticas no semi-árido e sobre a importância da conservação e uso sustentável dos recursos naturais da Caatinga, que a capacidade do Centro de Difusão Ambiental da Reserva Natural Serra das Almas para a difusão de tecnologias sustentáveis seja ampliado, que 80.560 mudas sejam produzidas, plantadas e monitoradas reflorestando 55,4 hectares incluindo a recuperação de 10 nascentes e fixando 12.084 toneladas de CO2, evitando a emissão de 216.238 toneladas CO2 e provendo a redução de 19 toneladas de CO2 . A sustentabilidade das ações do projeto será assegurada através de parcerias com os diversos setores da sociedade além do estabelecimento de processos de auto-sustentação do Centro de Difusão Ambiental ampliado a sua capacidade de replicação de ações do projeto. Todas as emissões geradas pelo projeto serão neutralizadas através do plantio de 560 mudas, portanto esse projeto será carbono neutro.

Local da Execução do Projeto

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