sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O teatro no FESTMAR


“a arte de nos vermos a nós mesmos, a arte de nos vermos vendo”

O IX FESTMAR, que agora é internacional, acontecido na cidade histórica de Aracati/CE entre os dias 21 e 25 de outubro deste ano mostrou que a cultura popular, os artistas de rua e a arte estão vivos! Que continuam criativos! Inventivos! E não existe fronteira para a arte de representar, de viver! E as dificuldades enfrentadas pelos grupos e companhias é combustão.

Riso, emoção e reflexão foram proporcionados aos artistas, moradores e turistas que passaram pelas ruas da cidade de Aracati. Com uma programação variada acontecendo pela manhã, tarde e noite, e com espetáculos de altíssima qualidade, o Festival Internacional de Teatro de Rua do Movimento de Agitação e Resistência da Cultura Popular é sim espaço para troca de informações e intercâmbios, de fortificar os laços de amizade e criar outros, de reencontro com a cultura popular; também é espaço de denúncia e reflexão, de proposição, de novas ideais. É inegável que o FESTMAR proporciona ao ator/expectador uma ebulição de sentimentos, desafios, desperta a necessidade de ser cada vez melhor e oferecer à plateia um espetáculo mais bonito, completo.

Para a Cia. de Teatro Os Cara da Arte [Crateús/CE], o FESTMAR é este espaço e muito mais, é a oportunidade que temos de ver, ouvir e crescer, pois para os pequenos grupos interioranos [ou não], embora as distâncias estejam encurtadas e as informações cheguem mais ligeiro, as dificuldades existem, e não foram/são as tecnologias que as mudaram; depois têm experiências e descobertas que só experimentamos nos festivais, nas mostras. Nos últimos três anos o festival agigantou-se e nós corremos atrás deste crescimento também. Para uma companhia jovem como Os Cara da Arte, que descobre, às vezes, de um jeito “torto” os caminhos pelos quais quer atuar, o FESTMAR se torna uma espécie de “divinhão”¹.

Agradecemos à produção do Festival, aos amigos antigos e novos, ao público, aos amigos de profissão [brasileiros e moçambicanos], que nos ensinaram a querer ser pessoas melhores, a querer fazer uma arte que encante.

Karla Gomes
Cia. de Teatro Os Cara da Arte
Crateús, Ceará
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[1] Nas brincadeiras de terreiro, a pupa da mariposa era/é usada pelas crianças para "adivinhar". Pega-se em uma extremidade e se faz uma pergunta e a pupa mexe a outra extremidade, apontando uma direção - daí ser chamado de "divinhão" ou "adivinhão".

FotosCarlos Henrique, que autoriza seu uso para fins culturais.




























Um comentário:

Anônimo disse...

Este grupo vai longe, basta dá oportunidade.