Edilson Macedo
Ela ama a natureza e se compadece se alguém
Maltrata as criaturinhas inofensivas...
E protege, como uma Dríade, as florestas e os bosques,
E os lagos, e as águas correntes...
Ela tem a leveza e o encanto
Do mais delicado dos beija-flores... e no entanto
Ela canta...
No jardim ou na relva dos campos,
Nas manhãs de sol e às tardinhas,
Ela se confunde em vôo nupcial
Com borboletas amarelas...
Nas matas fechadas, na mais escura escuridão,
Ela enxerga seres de outros mundos
Que dela se encantam...
Não sei se gosta do mar
Mas seguiríamos seu canto até
O mais profundo dos oceanos... nós
Os pescadores de estrelas...
E nas noites calmas, nas escarpas,
Pelas margens de córregos,
Os astros do céu ornam seus cabelos
E a luz da lua trespassa
Seu corpo diáfano...
E ainda assim eu sei, eu sei que ela existe...
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